A promessa do cuidado aos mais velhos parece ter sido enterrada em Ribeirão Preto, e não há melhor exemplo disso do que o sistema de saúde. Uma idosa, prioridade na fila, esperou OITO anos para ser atendida por um oftalmologista. Se essa é a realidade para aqueles que têm prioridade, imagine os outros pacientes, jovens ou adultos, que seguem esquecidos em listas intermináveis. O descaso é evidente, e a falta de gestão eficaz grita aos nossos olhos – ironicamente, os mesmos que aguardam uma consulta que nunca chega.
A situação piora quando falamos dos idosos acamados, que só conseguem atendimento de enfermagem duas vezes por semana. O absurdo dessa realidade é sufocante. Dois dias para atender a todas as necessidades de saúde, conforto e dignidade dessas pessoas? É simplesmente insuficiente, um tapa na cara de quem já contribuiu tanto para a sociedade.
Enquanto isso, as casas de apoio e profissionais especializados se mostram quase inexistentes. E, quando aparecem, muitos não estão preparados para oferecer o atendimento que deveriam. Essa falha nos serviços expõe um buraco no sistema público que o prefeito parece insistir em ignorar.
Prefeito em Silêncio, Candidatos em Promessas Vazias
E o que o prefeito tem a dizer sobre isso? Até agora, nada. Silêncio ensurdecedor. Enquanto milhões de reais são enviados via medida provisória para o município, é impossível não se perguntar: onde está esse dinheiro? Certamente, não está sendo usado para melhorar a vida dos nossos idosos. Talvez esteja em obras que são iniciadas e nunca terminadas, ou em projetos que beneficiam poucos em detrimento de muitos.
Agora, com as eleições se aproximando, os candidatos vêm com promessas prontas, soluções mágicas para problemas que, por anos, continuaram fora de suas agendas. A pergunta que fica é: o que realmente irão fazer? Continuarão com o mesmo descaso, alimentando a máquina ineficiente, ou finalmente irão dar a atenção que nossos idosos merecem? Mais do que nunca, a cidade precisa de respostas, não de promessas vazias.
Se você está cansado de ver nossos idosos relegados a segundo plano, vale lembrar que o poder de mudar isso está nas urnas. Que os próximos quatro anos não sejam mais um ciclo de abandono e esquecimento.
