SP registra 2.316 focos de incêndio nas últimas 48 horas, segundo Inpe

O estado superou regiões que tradicionalmente sofrem mais com queimadas, como Mato Grosso e Pará. Incêndios de grande magnitude no interior paulista cobriram cidades de fumaça, fecharam rodovias e causaram a morte de dois trabalhadores

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Brasília - Incêndio em subestação da CEB deixa a Esplanada dos Ministérios e o Congresso Nacional no escuro. A sessão da Comissão de Impeachment foi encerrada por causa da falta de energia (Wilson Dias/Agência Brasil)

São Paulo viveu um período crítico nos últimos dois dias, com 2.316 focos de incêndio registrados, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O estado superou regiões que tradicionalmente sofrem mais com queimadas, como Mato Grosso e Pará. Incêndios de grande magnitude no interior paulista cobriram cidades de fumaça, fecharam rodovias e causaram a morte de dois trabalhadores de uma usina em Urupês, enquanto tentavam controlar o fogo.

Em resposta à gravidade da situação, o governador Tarcísio de Freitas determinou a criação de um gabinete de crise para combater os focos. Ele também sobrevoou as áreas mais afetadas na manhã de sábado (24) em um helicóptero. Ao todo, 34 cidades estão em alerta máximo para queimadas, enquanto 24 enfrentam incêndios ativos, em meio a condições de baixa umidade e temperaturas elevadas. Além disso, 17 rodovias foram interditadas na sexta-feira (23).

A capital paulista também foi afetada pela fumaça. O céu adquiriu uma coloração avermelhada, um fenômeno causado pela presença de fuligem e partículas de poeira no ar, que intensificam a refração dos raios solares. A principal origem da fumaça é o arco do desmatamento no sul da Amazônia, cujos ventos, ao encontrarem os Andes, mudam de direção e chegam a São Paulo, agravando a situação da qualidade do ar, que já era prejudicada pelos incêndios locais.

Cuidados durante dias secos e com baixa umidade

Com o ar cada vez mais seco e poluído, é importante adotar medidas para reduzir os impactos negativos à saúde, especialmente no que diz respeito ao sistema respiratório. Veja algumas dicas para enfrentar esses dias de baixa umidade:

  1. Monitore a qualidade do ar: Fique atento aos índices de poluição em sua cidade.
  2. Evite exercícios ao ar livre: Principalmente entre 10h e 16h, quando a exposição ao sol e ao calor é maior.
  3. Ventile os ambientes: Mantenha janelas abertas para melhorar a circulação de ar.
  4. Aumente a umidade do ar: Coloque bacias com água ou toalhas molhadas em casa.
  5. Hidrate-se: Beba bastante água e consuma frutas e verduras frescas.
  6. Atenção aos idosos: Fique de olho em sinais de desidratação, como boca seca e confusão mental.
  7. Cuidado com as vias aéreas: Faça inalação e lave as narinas com soro fisiológico.
  8. Cuide da pele: Use hidratante após o banho para evitar ressecamento.