Greve paralisa escolas estaduais de Ribeirão Preto

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Professores de nove escolas estaduais paralisaram as atividades nesta quarta-feira (30) em Ribeirão Preto e em Serrana, após proposta de reajuste salarial anunciada pelo governo de São Paulo na terça-feira (29).

O Estado propõe um aumento de 2,5%, índice considerado muito baixo pela categoria. Segundo a Apeoesp, cerca de cinco mil alunos ficaram sem aula em Ribeirão Preto.

Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto informou que a paralisação é parcial e atinge menos de 10% das escolas da região.

Bônus incorporado

Os professores não recebem reajuste salarial desde 2014. Sobre o aumento de 2,5% estar muito abaixo da inflação registrada no ano passado, que ficou em 10,67%, a Secretaria da Educação disse que o problema é a crise econômica enfrentada pelo país.

Segundo a Secretaria, o índice é resultado da incorporação do valor do bônus por mérito – que normalmente é pago aos professores da rede estadual. Neste ano, porém, o governo Alckmin decidiu suspender o pagamento do benefício, que totalizaria cerca de R$ 500 milhões, e adicionar o percentual ao salário base da categoria.

De acordo com a secretaria, a proposta para incorporação da bonificação aos salários partiu do próprio sindicato, que solicitou que o benefício fosse transformado em reajuste salarial e abrangesse todos os servidores, inclusive aposentados. Uma consulta foi aberta a todos os servidores da rede estadual de ensino para que seja definido ou pelo pagamento do bônus ou por um reajuste salarial.

No ano passado, o valor do bônus pago pelo Estado foi de R$ 1 bilhão, mas o montante caiu pela metade em 2016, o que representa 2,5% de reajuste sobre os salários.

Sindicato rejeita proposta

A Diretoria da APEOESP informou, em nota, que o percentual de reajuste de apenas 2,5% está muito abaixo do pretendido. O sindicato diz ainda que recusou o percentual durante reunião com o Secretário de Educação, José Renato Nalini.

A APEOESP realizará uma reunião do dia 8 de abril, na Praça Roosevelt, em São Paulo, para debater a questão.

Agora fica a duvida, se a APEOESP esta realmente preocupada com os professores ou isso faz parte de uma manobra em contra partida as manifestações contra a presidenta Dilma, vale lembrar que esta associação é braço de apoio ao PT e CUT, fato comprovado nas manifestações de apoio ao governo federal.

Segundo o governo do estado o reajuste salarial entre 2011 e 2014 foi de 46%  para uma inflação de 22%

O governo anunciou, sob argumento da crise econômica, que este ano o magistério terá, excepcionalmente, suspenso o Bônus e que o montante será incorporado na tabela de vencimentos a fim de atender todos os funcionários, incluindo aposentados. Essa incorporação significa 2,5%. Nossa diretoria, incontinente, protestou pela perda da conquista de direito ao Bônus e principalmente pelo ínfimo reajuste, justamente quando se completam dois anos sem reposição salarial para o magistério paulista”.

Cancelamento do bônus

É a primeira vez, desde 2008, quando o bônus foi criado, que deixara de ser pago O bônus é pago às escolas que atingiram ou superaram as metas estabelecidas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp).

Os alunos sofrem praticamente todos anos com greves.

O que importa é que mais uma vez quem paga a conta são os alunos que sofrem com os interesses pessoais de uma classe e por vezes são usados em manifestações sem perceberem que estão sendo usados e são os que mais perdem com este impasse.