O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta última quarta-feira (17) não prorrogar o afastamento do senador Chico Rodrigues (DEM-RR). No entanto, Barroso determinou que o parlamentar deve manter-se afastado da comissão que discute a destinação de verbas para o enfrentamento da pandemia de covid-19.
Em outubro do ano passado, Chico Rodrigues foi alvo da Operação Desvid-19, da Polícia Federal (PF), que investiga supostos desvios de aproximadamente R$ 20 milhões em recursos públicos provenientes de emendas parlamentares que seriam destinados à Secretaria de Saúde de Roraima para o combate à pandemia.
O senador foi um dos alvos da ação.
Durante as buscas e apreensões em Boa Vista, os agentes encontraram dinheiro vivo em sua cueca.
Após o caso, Rodrigues pediu licença do cargo por 121 dias, decisão que fez o ministro da Suprema Corte revogar a primeira medida que determinava o afastamento do mandato por 90 dias. A licença termina nesta quinta-feira (18).
Na decisão que autoriza a retomada do cargo, Barroso entendeu que não há indícios de que o senador possa atrapalhar as investigações. O parlamentar continua impedido de manter qualquer tipo de contato com os demais investigados.
“Por essas razões, reputo desnecessário, por ora, restabelecer a medida cautelar de afastamento do investigado do exercício do mandato eletivo, sem prejuízo de revisão de tal decisão, caso sobrevenha notícia de alguma irregularidade”, escreveu Barroso na decisão, segundo informações da Agência Brasil.