Delegada responsável pelo caso da morte do rapaz no Carrefour afirma que ‘não foi um crime de racismo

Roberto possuía uma extensa ficha criminal, incluindo violência doméstica, ameaça e até mesmo porte ilegal de arma.

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Entraremos dentro de um tema bastante delicado nessa reportagem e por esse motivo, até pela nossa responsabilidade em trazer informações corretas, o emRibeirão trouxe duas fontes originárias que trataram do assunto para que vocês possam conferir corretamente a verdade dos fatos.

Antes de tudo, queremos deixar bem claro que o emRibeirão não apoia nenhum tipo de violência, independente da cor, raça, gênero ou opiniões políticas. Há previsões legais contra diversos tipos de condutas criminosas, bem como, há previsões para o uso da legítima defesa.

Não há dúvidas que a morte de mais um brasileiro é uma tragédia, em um país que chega a registrar mais de 100 mil homicídios ao ano.

Para quem não sabe o que aconteceu, em Porto Alegre, um rapaz de cor negra/parda, conhecido por João Alberto Silveira Freitas, acabou sofrendo um homicídio por parte dos seguranças locais do Carrefour, logo no Dia da Consciência Negra.

Obviamente o caso está se tornando um fato de alta relevância para a sociedade já que pelas imagens, o rapaz realmente foi espancado pelos seguranças e na intenção de preservar quaisquer excessos, não republicaremos vídeos mostrando o ocorrido. Isso é trabalho da polícia apenas.

Por outro lado, a Delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, responsável pela investigação do caso, afirmou claramente que não se trata de um caso de racismo como o pai teria afirmado.

Roberta comentou que a ação dos seguranças de imobilização pode ter sido a causa da morte:

Segundo a Polícia Civil local, a apuração consta que Freitas teve um desentendimento com uma das funcionárias do Caixa do supermercado e acabou levado para a entrada da loja e teria iniciado a briga com os seguranças e que ainda, Roberto possuía uma extensa ficha criminal, incluindo violência doméstica, ameaça e até mesmo porte ilegal de arma.

Para a geração Paulo Freire, com graves problemas de interpretação de texto e analfabetismo funcional, em nenhum momento uma ficha criminal deve ser motivo de justificativa ou apoio para que outros atos de violência sejam cometidos.

Ficou claro ou algum(a) leitor(a) precise que desenhe?

O POLITZ apurou também que diversos internautas estão compartilhando a ficha criminal da vítima e estaremos nos abstendo de comentar sobre isso. Também não conseguimos confirmar a afirmação de que ele tinha “mais de 15 acusações de violência doméstica”. Esse também é um trabalho que a Polícia deve fazer para esclarecer tais fatos se forem relevantes e de interesse da sociedade.