Pelo menos quatro pacientes que estavam na UTI em estado grave no Hospital Igesp, em São Paulo, receberam alta após sete dias de uso de hidroxicloroquina em associação com outras medicações.
De acordo com Dante Senra, médico cardiologista e coordenador das UTI’s do hospital, foram “avaliados criteriosamente os protocolos internacionais” e 12 altas hospitalares de pacientes confirmados com coronavírus e altamente suspeitos também foram dadas.
“Até onde sabemos, fomos o primeiro hospital no Brasil a utilizar o medicamento”.
Senra ainda afirma que dose utilizada foi de 400 mg a cada 12 horas e que, apesar de esperançosos, os resultados ainda são iniciais.
“A impressão é muito favorável, mas como se trata ainda de um número pequeno, não há como estabelecer uma relação de causa e efeito. Até porque não há estudos multicêntricos ainda.”
Senra explicou que os resultados não fazem parte da coalizão covid-19, feita pelo Hospital Israelita Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês e BRICNet, uma rede que realiza estudos clínicos na área de medicina intensiva.
O especialista ainda fez questão de ressaltar que não há comprovação de causa e efeito do uso da hidroxicloroquina. Ou seja, não é possível garantir que os pacientes foram curados graças ao medicamento.
Não teste em casa
Na coletiva de imprensa de ontem (25), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a hidroxicloroquina não deve ser utilizada de forma irresponsável e em casa.
“Usar esse medicamento fora do ambiente hospitalar não é seguro. Deve ser feito em condições de segurança e acompanhamento médico, porque pode ter alterações no ritmo do coração”