Desafio da rasteira: Pais e filhos precisam conversar sobre

Uma adolescente de 16 anos morreu, em Mossoró, no Rio Grande do Norte, depois de realizar o chamado desafio da rasteira.

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foto internet

Uma adolescente de 16 anos morreu, em Mossoró, no Rio Grande do Norte, depois de realizar o chamado desafio da rasteira.

Na brincadeira, que tem se popularizado entre as crianças e adolescentes, duas pessoas nas laterais saltam de forma sincronizada enquanto a do meio espera. Quando ambos tocam o solo, chega a vez da pessoa do meio pular. Nesse momento, ela é surpreendida por uma rasteira no momento em que está no ar, caindo.

No caso de Mossoró, a jovem Emanuela Medeiros acabou batendo a cabeça no chão e não resistiu ao impacto. O fato fez, inclusive, com que a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) emitisse nota sobre o assunto, condenando a prática e alertando para os seus riscos.

A questão coloca em evidencia um dos fenômenos modernos, o bullying escolar, e suas consequências. Sobre isso, colocamos a psicóloga Leidiane Martinez, da Core Psicologia é especialista no assunto e está à disposição para entrevistas sobre o tema.

Leidiane elenca, inclusive, cinco orientações aos pais para que atuem com eficiência na prevenção ao bullying. São elas:

1º – Construa um bom diálogo com os seus filhos –

Assim, se sentirão mais seguros e confiantes em si mesmo, sem que eles sintam a necessidade de se “expor” diante de   atitudes desfavoráveis ou submetendo-se à situações e a  brincadeiras perigosas.

2º Acompanhem os seus filhos nas redes sociais  –

Saibam o que eles estão assistindo, quem são os amigos e influenciadores do mundo virtual, pois grande parte dos adolescentes, tendem a se inserir em grupos, com o  intuito de  “ potencializar” suas  opiniões, e não sendo bem instruídos,  podem cometer diversos atos impróprios para consigo mesmo e para com os outros.

3º Observem as mudanças comportamentais de seus filhos –

Muitos pais na correria do dia a dia, não se atentam às mudanças comportamentais significativas de seus filhos. Algumas crianças e adolescentes ainda nessa fase, pouco conseguem se expressar ou até mesmo falar o que de fato os aborrecem, podendo sofrer bullying nas escolas chegando até a uma agressão física. Acontece, que a “dor” pode tomar  uma proporção maior, deixando algumas sequelas, podendo levar a uma depressão ou até mesmo ao suicídio.

4º Não incentive brincadeiras de “mau gosto” –

Muitos pais, no momento de lazer com os seus filhos, acabam cometendo brincadeiras físicas de forma violenta, hostil e provocativa. Alguns chegam a agredir verbalmente a criança/adolescente, acreditando que assim, poderão forjar uma personalidade mais “forte”, o que não é verdade, pois tal atitude é constrangedora e invasiva, no que pode provocar traumas emocionais.

5º Ensine o respeito ao próximo –

No início do ano, na volta às aulas, as crianças/adolescentes, sentem-se eufóricos e ansiosos por conhecer a escola nova, os amigos e professores. É uma mistura de alegria e medo ao mesmo tempo. O novo pode despertar inúmeras reações emocionais, tanto positiva quanto negativa e é o papel dos pais orientar seus filhos nesse processo, principalmente, incentivá-los o respeito ao próximo e ao novo. 

Os valores de cumplicidade devem ser praticados em casa e aplicados onde quer que estejam.