Ator Lúcio Mauro morre aos 92 anos no Rio de Janeiro

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O ator e comediante Lúcio Mauro morreu na noite de ontem, aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado havia quatro meses na clínica São Vicente, com problemas respiratórios. Lúcio Mauro Filho comunicou a morte do pai em seu perfil no Instagram. Ele contou que o comediante “lutou até suas últimas forças” e “merecia esse descanso”. De acordo com site UOL, Filho estava trabalhando na peça “5X Comédia”, em São Paulo, no instante em que o pai morreu.

“Por volta das 22 horas deste sábado, meu amado pai serenou. Ele merecia esse descanso. Lúcio Mauro teve uma vida linda, uma carreira vitoriosa, cinco filhos, cinco netos, dois casamentos, com Arlete e Lu, duas mulheres fantásticas que se tornaram amigas e mantiveram essa família unida. Papai foi um pioneiro, saiu do teatro de estudante lá no Pará, foi para o Recife, fez rádio, inaugurou a televisão no Nordeste e de lá, veio para o Rio de Janeiro para se tornar um dos maiores artistas deste país”, escreveu Filho na rede social.

“Me influenciou em tudo. O homem que sou, o artista, o pai de família, o amigo. Eu nada seria sem seus ensinamentos. Tivemos o prazer de trabalhar juntos, na TV, no teatro, no cinema e na publicidade. Rodamos o Brasil colocando nossas vidas a serviço da arte, em ‘Lucio 80-30’, quando ele teve a chance de dividir o palco com os filhos. Não faltou nada”, prosseguiu o filho de Lúcio Mauro, que detalhou o estado de saúde do pai e sua batalha pela vida.

A saúde de Lúcio Mauro estava frágil desde 2016, quando ele sofreu um derrame. Depois disso, passou por uma infecção urinária, gastroenterite e outros problemas de saúde.

Um dos grandes nomes do humor brasileiro, Lúcio de Barros Barbalho nasceu em Belém (PA) em 14 de março de 1927. Ele iniciou sua carreira profissional em Recife (PE), na companhia teatral do ator Mário Salaberry, após anos atuando em produções estudantis.

Foi em 1966 que Lúcio Mauro migrou para a Globo. Seu primeiro trabalho na casa foi em “TV0-TV1”, humorístico que fazia paródias da TV brasileira e contava com a presença de Jô Soares e Agildo Ribeiro. Seu primeiro maior sucesso na emissora, porém, veio dois anos depois, com o “Balança, Mas Não Cai”, que ele criou e dirigiu. Foi no humorístico que surgiu o quadro “Ofélia e Fernandinho” –que mais tarde seria revivido em “Os Trapalhões” (1989) e no “Zorra Total” (1999).