Com Dois óbitos e milhares de casos confirmados, Ribeirão Preto beira a epidemia de Dengue

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foto arquivo

O Boletim Epidemiológico divulgado nesta quinta-feira, 2 de maio, pelo Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, mostra que em abril foram confirmados 621 casos de dengue em Ribeirão Preto.

A comparação com o mês abril de 2018 é 1.378,5% maior, quando foram registrados 42 casos da doença na cidade.

Já o número de casos em 2019 é de 2.096 pessoas infectadas pela dengue. O número é 1.278,9% maior que o registrado de janeiro a abril de 2018, quando ocorreram 152 registros de dengue.

O secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Sandro Scarpelini, afirma que o trabalho de combate e prevenção à dengue na cidade está sendo feito sem trégua. São ações diárias, com equipes de Agentes de Combate a Endemias nas ruas com campanhas de conscientização, treinamentos de equipes e nebulização frequente e os números estão dentro dos parâmetros aceitáveis, se comparado às demais cidades do Estado.

“Mesmo diante de todo o esforço que estamos fazendo, os índices de infestação do mosquito continuam muito altos, mantendo em risco de epidemia a cidade”, alerta o titular da pasta.

Dois óbitos na cidade

No dia 25 de abril, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou o registro de duas vítimas fatais em Ribeirão Preto, em decorrência de casos graves de dengue.

Os pacientes são um homem de 73 anos, hospitalizado por causa de dengue durante 16 dias, portador de doenças associadas, que evoluiu com pneumonia e faleceu no dia 22 de abril, e uma mulher de 44 anos, também portadora de doenças associadas, que esteve internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da avenida Treze de Maio e faleceu  também na segunda-feira, 22, com diagnóstico definitivo para dengue no dia 23.

O Secretário da Saúde ressalta que o Estado de São Paulo vive uma das maiores epidemias de dengue, com mais de 85 mil casos e 53 mortes no período entre 1º janeiro e 15 abril de 2019 e alerta a população.

“80% dos casos de dengue estão nas casas das pessoas e a conscientização da população é fundamental. Cada morador deve cuidar do seu quintal, eliminando focos de água parada para que o mosquito não se desenvolva, para continuarmos a manter a doença na cidade em patamares baixos e para que não ocorram mais mortes”, alerta Scarpelini.

Dez cidades do Estado de São Paulo concentram 53% dos casos

As cidades de Bauru, Araraquara, São José do Rio Preto, Andradina, Barretos, Campinas, São Joaquim da Barra, São Paulo, Fernandópolis e Birigui concentram 53% dos casos de dengue do Estado.

Em Araraquara, cidade da região com 233 mil habitantes, são mais de oito mil casos confirmados da doença em 2019 e cinco mortes.

Em Bauru, já foram confirmados 13.650 casos da doença e 12 mortes.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Ribeirão Preto, Luzia Marcia Romanholi Passos, ressalta que as ações de mobilização promovidas pela Prefeitura, aliadas à conscientização da população, são os únicos caminhos para evitar as doenças que o mosquito transmite.

“Pedimos às pessoas que eliminem qualquer foco de água parada em suas casas, onde o mosquito põe suas larvas. Somente assim conseguiremos vencer a batalha contra a dengue em Ribeirão Preto”, orienta.

Chikungunya, zika vírus, microcefalia e febre amarela e gripe H1N1

Já para a chikungunya, o mês de abril não registrou nenhum caso de doença. Em abril de 2018 houve um caso confirmado.

Em abril de 2019 foram notificados e investigados oito caso de zika vírus, mas nenhum foi confirmado.

Casos de microcefalia ou outras alterações neurológicas possivelmente relacionadas à infecção pelo zika vírus também não foram registrados em abril de 2019.

De acordo com o Boletim Epidemiológico, não houve registro de febre amarela na primeira quinzena de abril deste ano.  Desde 2016 não há registro de casos da doença em Ribeirão Preto.

Com relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (gripe causada pelo vírus Influenza H1N1), não foi confirmado nenhum caso da doença em abril deste ano em Ribeirão Preto.