Esplanada do Pedro II terá ações da Campanha Julho Amarelo neste sábado

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foto divulgação

Dentro da programação da campanha Julho Amarelo, o programa Municipal de DST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais da Secretaria da Saúde realiza, neste sábado, 28 de julho, das 9h às 13h, na Esplanada do Teatro Pedro II, ações para oferecer à população vacinação contra hepatite B e testes para detecção da hepatite C e vacinação contra sarampo.

A vacinação foca o público formado por pessoas que nunca se vacinaram. A testagem para hepatite C é voltada a pessoas acima dos 40 anos de idade e população formada por usuários de álcool e drogas, profissionais do sexo, comunidade LGBT, pessoas privadas de liberdade, em situação de rua, manicures, pedicures, podólogos, tatuadores, portadores de tatuagens, piercings e trabalhadores da área da saúde.

Para a coordenadora do programa municipal DST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais, Lis Neves, o grande desafio é o diagnóstico da doença.

“Por ser uma doença de longa evolução e que, geralmente, não apresenta sintomas, essas pessoas podem ter se contaminado no passado e não sabem que têm o vírus. A infecção pode evoluir para formas mais graves como a cirrose ou o câncer hepático. Por isso a recomendação de realização do teste para hepatite C pelo menos uma vez na vida, com o objetivo de diagnosticar e tratar o mais precocemente”, explica.

O “Julho Amarelo” é uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento das hepatites virais. A hepatite B pode ser prevenida por vacinação. Existe cura para hepatite C e tratamento para hepatite B. Até o momento, não há vacina para a hepatite C.

Em 2018, a campanha envolve intensificação da testagem para hepatite C com foco em pessoas com mais de 40 anos, bem como aconselhamento para todos e, nos casos positivos, é feito encaminhamento para realização de exames complementares e tratamento, se indicado. Além disso, há intensificação da vacinação contra hepatite B em todas as salas de vacina.

A doença

A hepatite C é uma inflamação do fígado, causada pelo vírus HCV. Segundo estimativas atuais da Organização Mundial de Saúde (OMS), de seis a 10 milhões de pessoas são infectadas a cada ano no mundo, com 1,4 milhões de mortes. A grande maioria não sabe que tem a doença porque ela é assintomática durante muito tempo. Cerca de 70% a 85% dos infectados com o vírus da hepatite C adoecem e 20% desses poderão evoluir para cirrose, após um período de 20 a 30 anos. Os pacientes com cirrose apresentam um risco acrescido de desenvolvimento de câncer de fígado.

A infecção pelo vírus da hepatite B é transmitida, principalmente, pelo sangue e por via sexual, mas também pode ocorrer transmissão vertical, da mulher gestante para a criança. Os indivíduos com infecção crônica também apresentam risco de doença hepática avançada (cirrose, câncer de fígado) após um período variável de tempo, entre 10 e 30 anos.

As hepatites virais B e C podem ser transmitidas através de relação sexual sem preservativo, pelo uso compartilhado de agulhas, seringas, navalhas, materiais para manicure e pedicure, aparelhos de barbear, por equipamentos não esterilizados em procedimentos médicos e odontológicos, tatuagem, colocação de piercing e acupuntura. A mãe infectada com o vírus da hepatite B também pode transmitir a doença para o bebê.