Morre Maria Esther Bueno, maior tenista da história do Brasil

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Ela estava internada no Hospital Nove de Julho, na capital paulista. Ela não teve filhos. A morte foi confirmada pelo sobrinho de Maria Esther, Pedro Bueno. O velório acontece neste sábado, de 8h às 15h, no salão oval do palácio do governo de São Paulo.

No ano passado, Maria Esther havia retirado um câncer do lábio, mas o tumor se espalhou para a garganta. Ela, então, passou por sessões de radioterapia no Hospital Albert Einstein e apresentou melhora no quadro. Entretanto, a situação se agravou no último mês de abril. Enquanto jogava tênis – hobby que nunca deixou de praticar -, sentiu dores e, de início, pensou se tratar de uma lesão. Mas após uma visita ao médico e novos exames, se descobriu que um novo câncer havia se espalhado por outros órgãos do corpo. A ex-jogadora optou por não fazer quimioterapia. Desde então, ela vinha sendo tratada com imunoterapia. Maria Esther continuava lúcida e, na terça-feira, chegou a assistir ao jogo entre Novak Djokovic e o italiano Marco Cecchinato pelas quartas de final de Roland Garros.

Com 19 títulos de Grand Slam, Maria Esther Bueno é considerada a maior tenista brasileira de todos os tempos, tendo alcançado o posto de número 1 do mundo em quatro temporadas (1959, 1960, 1964 e 1966). Ela conquistou o seu 1º título de Grand Slam em Wimbledon, em 1959, aos 19 anos. Em 1960, ganhou os quatro Grand Slams de duplas ao vencer na Austrália, com Christine Truman, e em Wimbledon, Roland Garros e no Aberto dos Estados Unidos, todos em parceria com Darlene Hard. No total, ganhou 589 títulos ao longo de sua carreira. Ela entrou para o hall da fama em 1978.

Maria Esther Andion Bueno (São Paulo, 11 de outubro de 1939 — São Paulo, 8 de junho de 2018), conhecida como Maria Bueno no exterior, foi uma tenista brasileira, atuante nas décadas de 1950, 1960 e 1970.

Maria Esther jogou, durante todo o ano de 1963, nas duplas mistas com Alessandro Francischini.

Ao longo de sua carreira, Bueno venceu dezenove torneios do Grand Slam (7 na categoria simples; 11 em duplas femininas; 1 em duplas mistas). Segundo a Federação Internacional de Tênis, foi a nº 1 do mundo em 1959, na categoria individual feminina.

O International Tennis Hall of Fame também a incluiu como a melhor tenista do mundo, em 1964 (depois de perder a final no Torneio de Roland-Garros e ganhar Wimbledon e o U.S. Open) e 1966.

Em 1960, ela entrou para a história ao ser a primeira mulher a ganhar os 4 Grand Slams jogando em duplas num mesmo ano (3 com Darlene Hard e um com Christine Truman Janes).

Seu nome está no Livro dos Recordes: A final do US Open de 1964, contra a americana Carole Caldwell Graebner, Maria Esther venceu a partida em apenas 19 minutos.

Famosa pela elegância do estilo de jogo e pela potência do serviço, é a maior tenista brasileira de todos os tempos.