O ministro Blairo Maggi decidiu realizar intervenções nas superintendências do Ministério da Agricultura no Paraná e em Goiás.
Ele justificou a medida sob o argumento de que é necessário uma apuração profunda dos esquemas identificados pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca.
Blairo Maggi afirmou que vai nomear para o comando das superintendências servidores públicos sem vínculos políticos dos dois estados.
“Vou levar servidores de fora para Goiás e Paraná, e, se precisar, para outros estados também. É preciso uma intervenção para ser ter uma visão isenta do que está acontecendo nesses locais”, disse.
Segundo o ministro, se forem identificadas suspeitas de irregularidades em outros estados, também haverá intervenção como em Goiás e no Paraná. “Aqui é corte raso”, declarou.
“Até porque sempre há disputa política nos estados. Por isso, é preciso colocar um funcionário público sem vínculos locais”, disse ao Blog Blairo Maggi.
Nesta segunda-feira, o “Diário Oficial da União” publicou a exoneração dos superintendentes Gil Bueno, do Paraná, e Julio Cesar Carneiro, de Goiás, indicados por PP e PTB, respectivamente.
China
Maggi manifestou otimismo com a videoconferência na noite desta segunda-feira (20) entre técnicos do ministério e autoridades chinesas.
A China decidiu reter nos portos do país a carne importada do Brasil até que receba esclarecimentos sobre a condição sanitária desse produto.
“Estou otimista que depois dessas explicações, a carne brasileira poderá ser desembaraçada [liberada] na China”, afirmou.
“Neste momento, a melhor reação do Brasil é transparência. Temos de dar todas as explicações solicitadas de forma rápida, para minimizar o estrago na imagem do produto brasileiro no exterior”, afirmou.