A ideia surgiu em 2011, quando Debi e sua irmã Diana Berezin lançaram o movimento no estado de São Paulo. Três anos depois, a iniciativa foi estendida para todo o território nacional.
“Somente quem vive a dificuldade de conseguir sangue sabe a importância das doações. Depois de sentir na pele o que é isso, decidimos disseminar e promover a conscientização para que esse se torne um hábito na vida do brasileiro”,
explica Debi.
Com a chegada do inverno, o número de doações cai ainda mais.
“A queda de temperatura, o aumento das infecções respiratórias e outras enfermidades fazem com que as doações diminuam em média 30%. Além disso, com o período de férias há um aumento no número de acidentes nas estradas, o que pressiona ainda mais os estoques dos hemocentros”,
observa Diana.
“Não há um material substituto. Em caso de cirurgias ou tratamentos, só se pode contar com a solidariedade dos doadores”,
pontua.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação é que, no mínimo, 5% da população seja doadora. No Brasil, essa porcentagem não chega aos 2%. Em 2014, foram coletadas cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue, quantidade responsável por 3.127.957 transfusões ambulatoriais e hospitalares. São Paulo é o estado com o melhor índice de doações em todo o país, correspondendo a 25% do total. Todavia, segue muito abaixo do padrão internacional.
Para conscientizar a população sobre a necessidade de elevação desses indicadores, o movimento “Eu Dou Sangue pelo Brasil” decidiu marcar de vermelho o dia a dia dos brasileiros. Desta forma, em parceria com o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil das respectivas cidades e Estados, diferentes monumentos de São Paulo, Curitiba e Brasília serão iluminados em vermelho, durante as noites do mês de junho. A previsão é que outras cidades passem a aderir à iniciativa.