Os britânicos tomaram nesta quinta (26) a decisão histórica de se separarem da União Europeia, o bloco político e econômico que hoje congrega 28 países e ao qual aderiram em 1973. O processo ainda precisa passar pelo Parlamento, mas um veto pelos legisladores é considerado suicídio político.
O processo de negociação da ruptura, estimam analistas, deve levar dois anos. Com votos de 94,5% dos distritos do Reino Unido apurados, a opção por deixar a União Europeia prevalecia, abalando mercados financeiros e provocando uma onda de choque e incredulidade global.
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As principais redes de TV britânicas —BBC, Sky News e ITV— projetaram a vitória da saída logo após as 4h30 de Londres (0h30 do Brasil).
As consequências econômicas de uma saída devem se estender para o comércio —com prejuízo maior para Londres do que para Bruxelas, já que os britânicos dirigem metade de suas exportações à UE.
A consulta popular registrou índice histórico de comparecimento —71% do eleitorado— e recorde de 46,5 milhões de eleitores registrados.
Há risco de efeito dominó em outros países do bloco, que podem imitar a consulta popular para obter vantagem em negociações, e de impulso a movimentos separatistas como o escocês e o catalão.