Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (16) uma operação que mira uma suposta organização criminosa investigada por corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral.
Entre os investigados está o pastor Silas Malafaia, que teria participado da lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema.
De acordo com fontes da PF, ele foi alvo de condução coercitiva.
A PF informou ainda que estão sendo realizadas buscas e apreensões em 52 endereços diferentes ligados a suposta organização criminosa em 11 estados e no Distrito Federal.
Além das buscas, estão sendo realizadas 29 conduções coercitivas, quatro mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária.
Até o momento, os investigadores apuraram que a suposta organização criminosa se dividia em ao menos quatro núcleos: o captador, formado por um diretor do DNPM e sua esposa, que realizava a captação de prefeitos interessados em ingressar no esquema; o operacional, formado por escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria em nome da esposa do diretor do DNPM, que repassava valores indevidos a agentes públicos; o político, composto por agentes políticos e servidores públicos responsáveis pela contratação dos escritórios de advocacia do esquema; e o núcleo colaborar, que auxiliava na ocultação e dissimulação do dinheiro.
A ação é batizada de “Operação Timóteo”, em referência a esta passagem do livro Timóteo, da Bíblia: ” Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos”.