Um homem de 60 anos foi preso na manhã desta terça-feira (31) em Ribeirão acusado de assassinar a ex-mulher na frente de uma das filhas.
O crime ocorreu em abril de 1990 em Aracaju (SE), mas só foi julgado 24 anos depois, em fevereiro de 2014.
O mandado de prisão, por sua vez, foi expedido em novembro do ano passado, quando José Augusto de Arimatéia Rosa passou a ser considerado foragido. Segundo a Polícia Civil, ele foi encontrado em uma casa no bairro Parque dos Lagos em Ribeirão.
O advogado Saul Silveira Schuster afirmou que José Augusto estava na cidade a trabalho e que, como a prisão é considerada definitiva, não cabe recurso. Schuster disse que acompanhará a transferência do cliente para Aracaju, ainda sem data prevista para ocorrer.
Consta na sentença, que José Augusto deveria cumprir 19 anos e seis meses de reclusão, mas poderia recorrer em liberdade. Os jurados consideraram o crime como qualificado, apesar de considerarem que o réu não possuía antecedentes criminais.
“As consequências do crime são graves, tendo em vista a perda de uma vida humana, acarretando um reflexo repentino no seio familiar, tendo a vítima deixado duas filhas menores, inclusive uma delas tendo presenciado o ato executório”,
diz a juíza Olga Silva Barreto na decisão.
Mediante recurso da defesa, o Tribunal de Justiça de Sergipe revisou a sentença, determinando pena de 12 anos e um dia de reclusão em regime fechado.
O delegado Eduardo Martinez explicou que José Augusto estava sendo acompanhado pelos investigadores há algumas semanas e não resistiu à prisão na manhã desta terça-feira, quando deixava o imóvel onde morava.
Dentro da casa, os policiais apreenderam uma pistola semiautomática e munição.
Por isso, o réu passará a responder também pelo crime de posse irregular de arma de fogo.
Ele foi levado ao CDP de Ribeirão.
Transferência
O advogado Saul Silveira Schuster disse que foi informado sobre a prisão pela atual esposa de José Augusto.
Segundo ele, como se trata de prisão definitiva, não cabe recursos, como habeas corpus, e devera cumprir a prisão em Sergipe.
“O processo de Aracaju está encerrado, ele já é réu condenado. A gente vai fazer o trabalho de progressão de regime, porque boa parte da pena já foi cumprida. Ele passou dois anos preso por esse processo, então resta uma parte da pena a ser cumprida”,
explicou Schuster.