O segurança noturno Dorgival Francisco Sousa, 59, era apaixonado por bicicleta e fez dela o seu meio de transporte para ir ao trabalho.
Dia sim, dia não, ele deixava a casa no Jardim das Nações, em Diadema (Grande São Paulo), e seguia à noite pela rodovia dos Imigrantes em direção ao emprego em uma empresa de segurança.
Na noite do último domingo (3), Sousa não chegou ao trabalho. Foi atropelado por um carro no acostamento da rodovia dos Imigrantes, por volta das 18h. O motorista fugiu sem prestar socorro. O segurança morreu no local do acidente.
Um dos braços de Sousa foi decepado pelo carro e encontrado a mais de 1,5 km de distância. O delegado do caso suspeita que o braço do segurança tenha ficado preso no veículo e que o motorista só parou para se livrar do membro da vítima.
Ele era uma pessoa extremamente cuidadosa, que usava capacete e sempre estava cuidando da magrela.
Segundo Adimilson, o irmão era uma pessoa reservada que não tinha vícios de beber nem fumar.
“Ele gostava de trabalhar, era do trabalho para casa, toda a vida na dele. Mas era uma pessoa alegre que sempre contava histórias e a gente ria muito”, falou, com carinho.
Adimilson lembra que o irmão inventou uma personagem chamada Jurema, que seria sua esposa. Segundo o irmão, quando Sousa recebia alguma visita em casa sempre dizia: “a Jurema saiu, quando ela chegar faz um café para vocês”. Todos riam e ele fazia o café.
O enterro do vigilante está marcado para às 10h desta terça (5) no cemitério municipal de Diadema na alameda da Saudade, no Jardim Elisa.