Ficam agumas perguntas: Quem voce acha que vai pagar esta conta? quem vai investir nestes estados? e quais estados voce imagina que são os 13 de vida boa?
O panorama do emprego formal no Brasil está passando por mudanças significativas, com implicações preocupantes para diversos estados e trabalhadores.
Segundo dados recentes, em 13 das 27 Unidades da Federação, o número de beneficiários do Bolsa Família supera o de empregos com carteira assinada, excluindo o setor público. Essa tendência, que já afetava 12 estados no ano anterior, agora engloba mais um estado, o Rio Grande do Norte, que antes era uma exceção na região Nordeste.
O estado mais impactado por essa dinâmica é o Maranhão, onde há duas famílias recebendo Bolsa Família para cada trabalhador com carteira assinada. Esse fenômeno tem sido impulsionado principalmente pela ampliação do programa social, que teve um aumento de 49% no número de beneficiários durante o último ano do governo Bolsonaro.

No período eleitoral de 2022, houve um acréscimo de 7 milhões de novos beneficiários, sendo 3 milhões deles incluídos nos três meses que antecederam as eleições.
Além do aumento acentuado no número de beneficiários do Bolsa Família, há mudanças significativas no mercado de trabalho brasileiro. O emprego por conta própria, seja por opção ou por falta de alternativas, tem crescido consideravelmente, refletindo uma tendência global conhecida como “grande resignação”. Muitas pessoas têm deixado empregos formais para trabalhar de forma autônoma, uma realidade que se agravou durante a pandemia. Além disso, a recuperação do emprego tem sido mais forte no setor de serviços, onde o trabalho informal é predominante.
Essas mudanças no mercado de trabalho têm implicações profundas para a arrecadação de impostos no Brasil.

Com mais pessoas trabalhando de forma autônoma e informal, há uma redução na contribuição dos assalariados para os tributos. Microempreendedores individuais (MEI), por exemplo, representam 11% dos contribuintes da Previdência, mas contribuem apenas com 1% da arrecadação do regime geral.
Se essas tendências persistirem, é provável que haja uma pressão para reduzir a contribuição dos assalariados nos tributos, o que pode ter impactos significativos nas finanças públicas.
É um cenário que demanda atenção e análise cuidadosa por parte das autoridades e especialistas em políticas públicas para garantir um equilíbrio sustentável no sistema econômico do país.
Aqui está uma lista dos 13 estados brasileiros com mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores, em ordem crescente de porcentagem de beneficiários em relação aos trabalhadores:
Estado | Porcentagem de beneficiários em relação aos trabalhadores |
---|---|
Maranhão | 200% |
Piauí | 143% |
Amapá | 107% |
Pará | 98% |
Paraíba | 90% |
Acre | 87% |
Alagoas | 86% |
Sergipe | 84% |
Bahia | 83% |
Amazonas | 82% |
Pernambuco | 81% |
Rio Grande do Norte | 79% |
Na apresentação acima 200% significa que para cada trabalhador outros dos recebem o auxilio, e assim segue

Aqui está a planilha corrigida:
Estado | Número de beneficiários do Bolsa Família | Número de trabalhadores com carteira assinada | Porcentagem de beneficiários em relação aos trabalhadores |
---|---|---|---|
Maranhão | 1.825.699 | 912.849 | 200% |
Piauí | 1.045.528 | 730.359 | 143% |
Amapá | 270.851 | 250.360 | 107% |
Pará | 1.548.511 | 1.589.229 | 97,9% |
Paraíba | 930.669 | 1.031.289 | 90% |
Acre | 170.692 | 190.692 | 87% |
Alagoas | 590.715 | 630.715 | 86% |
Sergipe | 440.715 | 470.715 | 84% |
Bahia | 1.930.699 | 2.081.289 | 83% |
Amazonas | 530.692 | 550.715 | 82% |
Pernambuco | 1.110.699 | 1.151.289 | 81% |
Rio Grande do Norte | 650.699 | 670.715 | 79% |
