Desde o fim do século XIX, nos Estados Unidos da América, no Brasil e em vários outros países ocidentais, o dia 1º de maio é tido como o Dia do Trabalho ou o Dia do Trabalhador. Tal data foi escolhida em razão de uma onda de manifestações e conflitos violentos que se desencadeou a partir de uma greve geral. Essa greve paralisou os parques industriais da cidade de Chicago (EUA), no dia 1º de maio de 1886.
No caso específico do Brasil, a menção ao dia 1º de maio começou já na década de 1890, quando a República já estava instituída e começava um processo acentuado do desenvolvimento da indústria brasileira.
Em 1917, a cidade de São Paulo protagonizou uma das maiores greves gerais já registradas. A força que o movimento dos trabalhadores adquiriu era tamanha que, em 1925, o então presidente Arthur Bernardes acatou a sugestão que já ventilava em várias partes do mundo de reservar o dia 1º de maio como Dia do Trabalho no Brasil. Dessa forma, desde esse ano o 1º de maio passou a ser feriado nacional.
Em 2016 os trabalhadores não tem o que comemorar.
Desemprego fica em 10,9% no 1º trimestre de 2016, diz IBGE
Segundo o IBGE, o aumento da taxa de desocupação ocorreu por causa da alta expressiva da desocupação, redução da ocupação e aumento da força de trabalho.
“Está acelerando porque tem mais pessoas na população desocupada e menos pessoas na população ocupada. E isso está indo de forma bastante consistente ao longo dos últimos meses”,
observou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
Mais de 11 milões de desempregados.
A quantidade de pessoas desocupadas cresceu 22% em relação ao período outubro a dezembro e chegou a 11,1 milhões – o maior número de desocupados desde o início da Pnad Contínua. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2015, a alta foi ainda maior, de 39,8%.
A maior redução partiu da indústria geral (-5,2% sobre dezembro), seguida pela construção (-4,8%) e pela administração pública (-1,9%). Sobre o trimestre de janeiro a março, houve alta do número de ocupados em transporte, armazenagem e correio (4,3%); serviços domésticos (4,3%) e alojamento e alimentação (4%), entre outros setores.
Salário
De acordo com o IBGE, o primeiro trimestre deste ano mostrou que o rendimento médio recebido pelos trabalhadores ficou R$ 1.966 – 3,2% abaixo do registrado no mesmo período de 2015. Já sobre o trimestre encerrado em dezembro, não houve variação.
Não temos o que comemorar, mas precisamos acreditar que dias melhores virão.