Os dois Gaviões Carcarás do Bosque e Zoológico Fábio Barreto que têm ausência parcial das mandíbulas, a parte inferior do bico, em breve poderão se alimentar sozinhos naturalmente. Eles receberão próteses dos bicos.
Um dos animais receberá uma prótese natural, um bico verdadeiro de um animal que veio a óbito, previamente tratado. No outro, será colocada uma prótese 3D impressa em Nylon, PETG (Politereftalato de etileno), ABS (Acrilonitrila butadieno estireno) ou PLA (Ácido Polilático), fabricada pela empresa Done 3D Store, graças a uma parceria com o Zoo.
Nesta terça-feira, dia 28, representantes da empresa escanearam os bicos dos gaviões tirando todas as medidas necessárias para a confecção da prótese sintética.
“A primeira prótese será impressa em plástico e a encaminharemos para o Bosque fazer os testes. A partir daí faremos os ajustes e se necessário até a troca do material utilizado”, explicaram os sócios proprietários da Done 3D Store Paulo Kimura e Ricardo Kimura.
Os gaviões chegaram ao Zoo em dezembro de 2015 e fevereiro deste ano, com a deformidade possivelmente de nascença, e desde então estão sendo alimentados manualmente com auxílio de uma pinça, pois estão incapacitados de se alimentar naturalmente devido à lesão do bico.
Desde que as aves chegaram ao Zoo foram tratadas e se restabeleceram fisicamente, pois chegaram muito debilitados. Simultaneamente a equipe do setor de Medicina Veterinária estudou as melhores técnicas cirúrgicas para uma resolução adequada dos dois casos.
“Essas próteses serão fundamentais para os gaviões e darão independência a eles. A parte superior rasga o alimento e a inferior é um apoio para que eles consigam se alimentar sozinhos. Nós faremos testes para decidir qual gavião receberá a prótese sintética e qual receberá a natural”, afirma o médico veterinário do Bosque/Zoo César Branco.
“Esse trabalho que está sendo realizado aqui no Zoo com os gaviões é inédito e de extrema importância. Nossa equipe está muito confiante e acreditamos que a adaptação dos gaviões às próteses será tranquila”, ressalta o zootecnista Alexandre Gouvêa, chefe do Bosque e Zoológico Fábio Barreto.